segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

BENEFÍCIOS DO TREINAMENTO DE FORÇA

Tem um publico que acha que o  para obter os benefícios do treinamento de força tem que resum[i-lo ao treino com halteres, barras e máquinas, mas mal sabem estes que o Treinamento Resistido pode ser feito com o próprio peso do corpo no solo, na água ou num pedal ou ainda onde quiser, o que eu até prefiro e defendo, pois treinar de maneira natural é mais funcional que entrar numa máquina cheia de pedaços de aço e isolar músculos, sendo que até parece que se pode isolar um músculo e obter os excelentes benefícios que esta pratica trás para nossa saúde, estética e funcionalidade global. Mas não vamos discutir sobre isso, vamos falar dos benefícios do Treinamento de Força para os aspirantes a uma vida melhor. 

A prescrição do treinamento de força começou em meados da década de 1950, visando a reabilitação e desempenho desportivo. Em 1960 se disseminou a aplicação em adultos saudáveis.

De forma geral os resultados foram positivos e o treinamento de força foi reconhecido pela comunidade científica na década de 1980, sendo incorporado no programa de qualidade de vida e saúde.

Com todas estas comprovações, surgiu uma relação enorme de varáveis de prescrição (pouco conclusivas algumas delas) sobre metodologias de treinamento, ordem de exercícios, números de séries, intervalo entre séries e sessões, freqüência de treinamentos, carga, volume, intensidade, organização e elaboração de programas, levantando-se uma discussão sobre a questão dos ganhos de força e hipertrofia muscular.

Embora os benefícios de um treinamento de força periodizado sejam evidentes na literatura, muitos praticantes seguem o mesmo programa durante meses ou até anos, resultando em quase nenhum progresso na aptidão física. O "Americam College" recomenda que treinamento periodizado deve ser desempenhado para o ganho de força máxima, hipertrofia muscular e resistência muscular localizada; e que esta periodização deve se estender não só para atletas (performance) mas também, para os praticantes de peso em salas de musculação que desejam estética e saúde.

- Hipertrofia: aumento de massa (aumento do diâmetro das fibras musculares).

- Vascularização: aumento do número de capilares (vasos sanguíneos) nos músculos.

- Metabolismo: aumento do gasto metabólico. As reservas energéticas serão mobilizadas mais rapidamente e de maneira mais eficaz com menor gasto energético.

- Sistema Ósseo: estimula a formação de massa óssea. Observa-se aumento do diâmetro dos ossos dos jovens e na camada esponjosa interna nos adultos.

- Sangue: aumento do número de glóbulos vermelhos (eritropoese), que facilita o transporte de nutrientes e oxigênio.

- Sistema cardio circulatório: o sistema cardio vascular se torna mais eficiente e o treinamento de resistência resulta em modificações morfológicas e fisiológicas que podem construir o "coração de atleta".

- Sistema respiratório: O treinamento aumenta o ar expirado e inspirado, aumentando assim o trabalho dos pulmões. Em jovens em desenvolvimento, parece estimular o desenvolvimento do tórax. Um treinamento aeróbio, apresenta maior reservas de ventilação, maior volume-minuto e um consumo de oxigênio maior, resultando numa melhor taxa da assimilação máxima de oxigênio.

- Sistema endócrino: O Funcionamento hormonal se torna mais eficiente a medida que o treino aumenta. Ocorre um controle mais eficiente da concentração de adrenalina no plasma sanguíneo nos esforços máximos, uma melhor regulagem das concentrações plasmáticas de insulina e glulacón (diabéticos se beneficiam de menor necessidade de insulina), e uma maior capacidade bioquímica da tireóide.

- ("Sports Science Department, Colorado College" - Steven Fleck

- (Informe Phone nº 21, Roberto Simão

- Anotações do Prof Fabio Barros

sábado, 19 de novembro de 2016

O processo histórico, social e político da evolução da Educação Física

*Professor do Curso Licenciatura Plena em Educação Física do
Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai, Faculdade IDEAU
Doutorando em Educação Física e Esporte pela
Universidad de Ciéncias de la Cultura Física y el Deporte “Manuel Fajardo”
UCCFD, Havana, Cuba
**Acadêmica de Educação Física. Licenciatura Plena
Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai – Faculdade IDEAU
(Brasil)


Introdução

A Educação Física é vista hoje como agente de saúde, estética, melhoria da condição atlética, recuperação física, dentre outras funções, mas nem sempre se pensou assim.

Os relatos mais primórdios de atividades físicas vêm desde a época pré-histórica, quando já se percebia uma preocupação pelo físico mais forte, porém, não com o intuito da beleza ou exercício e sim de proteção. Desde então a Educação Física se adaptava às épocas e sociedades na medida em que passava por mudanças e estágios, evoluindo a cada século para chegar à Educação Física que conhecemos atualmente.

A evolução da Educação Física acontece gradativamente à evolução cultural dos povos, estando interligada aos sistemas políticos, sociais, econômicos e científicos das sociedades.

Porém, é necessário ressaltar que nem todos os povos atravessavam os mesmos estágios simultaneamente. Enquanto o Egito dos Faraós já estava numa época Histórica, muito próximo dele, muitas civilizações viviam no maior primitivismo.

Ainda hoje, em pleno século XXI podemos encontrar aglomerados humanos que vivem em estado selvagem, como algumas tribos isoladas na floresta da Amazônia, interior da África ou nos desertos da Austrália. Estas tribos vivem na verdadeira idade da Pedra.

Evolução da Educação Física ao longo dos tempos

Desde a pré-história a Educação Física vem sendo influenciada pela sociedade. Nessa época as atividades físicas ficaram restritas a defender-se e atacar. A luta pela sobrevivência levou a movimentos naturais. Para desenvolver estudos sobre a época, os pesquisadores se baseavam em todos os tipos de objetos, como pedras trabalhadas ou rudimentares, fósseis de animais e de humanos, pinturas rupestres, monumentos e, um pouco mais tarde, objetos e monumentos de bronze e ferro, câmaras mortuárias, estradas, dentre outros.

Todos os exercícios físicos, qualquer que seja sua forma de realização, possuem suas raízes, de forma hipotética ou verdadeira nas mais primitivas civilizações. Pode - se afirmar que todos os tipos de exercícios físicos são provenientes de quatro grandes causas humanas: luta pela existência, ritos e cultos, preparação guerreira e jogos e práticas atléticas.

O homem primitivo deslocava-se de um lugar para outro a procura de alimentos, marchando, subindo em árvores, escalando penhascos, nadando, saltando e lançando as suas diferentes armas de arremesso. Assim o homem executa os seus movimentos corporais mais básicos e naturais desde que se colocou de pé. Pela repetição contínua desses exercícios, na luta pela sobrevivência, aperfeiçoava as funções, educando-as gradativa e inconscientemente.

Porém, todo esse contexto é algo natural e cotidiano. E, como Educação Física propriamente dita, os primeiros registros tardaram a aparecer.

Em cada sociedade, povo ou país a Educação Física apresentava focos diferentes de interesse e utilização. Na China a Educação Física era praticada em caráter de guerra, além da finalidade terapêutica e higiênica.

Na Índia, a Educação Física era vista como uma doutrina a ser seguida, de foco fisiológico e com indispensáveis necessidades militares. Foi onde teve origem a Yoga e exercícios ginásticos aprofundados da medicina com técnicas de respiração e massoterapia. Buda atribuía aos exercícios o caminho da energia física, pureza dos sentimentos, bondade e conhecimento das ciências para a suprema felicidade do Nirvana, (no budismo, estado de ausência total de sofrimento).

No Japão, a Educação Física possuía fundamentos médicos, higiênicos, filosóficos, morais, religiosos e guerreiros. Os samurais são um exemplo de guerreiros feudais originados da pratica da Educação Física no Japão. Já no Egito, os exercícios Gímnicos formaram a ginástica egípcia dotada de equilíbrio, força, flexibilidade e resistência. A existência da ginástica egípcia foi revelada em pinturas nas paredes de tumbas.

Mas foi na Grécia que encontramos a civilização antiga que mais contribuiu para a Educação Física. Novamente é visível a ligação que a sociedade e sua cultura têm com a história da Educação Física. Foi na Grécia que surgiram os grandes pensadores, que contribuíram com vários conceitos, até hoje aceitos pela Educação Física e pela pedagogia. Grandes artistas, pensadores e filósofos como Mirón, Sócrates, Hipócrates, Platão e Aristóteles criaram conceitos como o de equilíbrio entre corpo e espírito ou mente, citados por Platão. Também nasceram na Grécia os termos halteres, atleta, ginástica, pentatlo, entre outros.

Após a tomada militar da Grécia, Roma absorveu a cultura desta civilização, porém a Educação Física se caracterizou pelo espírito prático e utilitário, tendo assim uma visão voltada para a preparação dos soldados e da população para a guerra. Foi no período romano que surgiu a famosa frase “Mens sana in Corpore Sano”.

A Idade Média foi marcada pelo impacto do Cristianismo, repleta de ascentismo. Mesmo com isso, estudantes continuavam a seguir as teorias de Aristóteles, enriquecendo o patrimônio dos conhecimentos. Nesta época floresceu a arte gótica, surgiram as primeiras universidades, e com elas personalidades geniais como Santo Tomás de Aquino. Considerada como “a Idade das Trevas”, o culto ao corpo era considerado pecado e com isso, houve uma grande decadência da Educação Física. Os exercícios Físicos ficaram retidos em torneios muito sangrentos.

No Renascimento, a Educação Física deu um salto em busca do seu próprio conhecimento. O período da renascença fez explodir novamente a cultura física. A admiração e dedicação pela beleza do corpo, antes proibida, agora renasce com grandes artistas como Leonardo da Vinci (1432-1519). A escultura de estátuas e a dissecação de cadáveres fizeram surgir a anatomia, grande passo para a Educação Física e a Medicina. A introdução da Educação Física na escola, no mesmo nível das disciplinas tidas como intelectuais, se deve nesse período a Vittorino da Feltre (1378-1466) que, em 1423, fundou a escola “La Casa Giocosa” onde o conteúdo programático incluía os exercícios físicos”. (PEREIRA; MOULIN, 2006, p. 19-20).

O Iluminismo na Inglaterra era contra o abuso do poder no campo social. Esse período trouxe novas idéias e, como destaque nessa época, temos dois grandes nomes: Rousseau e Pestalozzi. Rousseau propôs a Educação Física como necessária à educação física infantil, introduzida nas escolas. Pestalozzi foi o primeiro educador a chamar a atenção para 2 (dois) elementos fundamentais na prática dos exercícios, a posição e a execução perfeita, sem os quais os praticantes não conseguiriam os objetivos visados.

O marco da idade contemporânea teve como principal tema o surgimento da ginástica localizada, onde tiveram como responsáveis quatro grandes escolas: a alemã, a nórdica (escandinava), a francesa e a inglesa.

Deste período podemos citar grandes personalidades de destaque. Na escola alemã como pai da ginástica pedagógica moderna Johann Cristoph Friederick Guts Muths, notável pedagogo. O fundador e fomentador da ginástica sócio-patriótica foi Friedercik Ludwing Jahn, cujo fundamento era a força. Seu lema era “vive quem é forte”. “Foi ele quem inventou a Barra fixa, as barras paralelas e o cavalo, dando origem à Ginástica Olímpica”. (PEREIRA; MOULIN, 2006, p. 20).

Já na Escola Escandinava ou Nórdica, o grande destaque foi o sueco Per Henrik Ling, que teve de lutar com energia e tenacidade ao procurar estabelecer ramos científicos aos exercícios físicos, levando para a Suécia as idéias de Guts Muths. A ginástica sueca foi o grande trampolim para tudo o que se conhece como ginástica atualmente. Como nos descreve em sua obra PEREIRA e MOULIN (2006, P. 21) “Per Henrick Ling (1766-1839) foi o responsável por isso, levando para a Suécia as idéias de Guts Muths após contato com o instituto de Nachtegall. Ling dividiu sua ginástica em quatro partes: a pedagogia – voltada para a saúde evitando vícios posturais e doenças, a militar – incluindo o tiro e a esgrima, a médica – baseada na pedagogia, evitando também as doenças e visando ainda a estética – preocupada com a graça do corpo”.

Na Escola Francesa temos como elemento principal o espanhol naturalizado Francisco Amorós y Ondeano. Ele dividiu a ginástica em civil e industrial, militar, médica e cênica. O método conhecido como ginástica natural teve um francês como seu defensor. Georges Herbert (1875-1957) defendia que a Educação Física deveria preconizar os movimentos naturais do ser humano, ou seja: correr, trepar, nadar, saltar, empurrar, puxar, dentre outros.

Já a Escola Inglesa baseava-se nos jogos e nos esportes. Seu defensor era Thomas Arnold, quem recriou os jogos olímpicos. A escola inglesa também teve uma enorme influência no treinamento militar.

Com a propagação das idéias pelo mundo destas quatro grandes escolas, a Educação Física passou a ser mais estudada, organizada e reconhecida. Ela conquistou seu espaço, ganhou cunho científico e tornou-se indispensável na vida das pessoas, desde as crianças menores até as pessoas mais idosas.

Considerações finais

É possível perceber que a Educação Física passou por profundas modificações, conseqüências de todo o processo histórico e que, atualmente, ainda está em mutação, sendo que este processo continuará ocorrendo com o passar dos anos. Em tempos atrás, as mudanças ocorriam de forma mais lenta. Hoje em dia, com a velocidade na transmissão de informações e com a facilidade ao acesso aos novos estudos e publicações, acredita-se que as mudanças acontecerão de forma mais rápida e mais abrangente.

Todos os processos de evolução estão interligados à história do mundo. É impossível separar história, sociedade e política dos movimentos proporcionados pela classe defensora da Educação Física. Esses aspectos – história, sociedade, política e os movimentos proporcionados pelos educadores físicos - sustentam e formam a base do contexto atual da Educação Física Mundial.

A evolução da história da Educação Física passou por várias fases; algumas positivas e outras negativas. Estas fases construíram o conceito que a educação física possui atualmente, ocupando a posição de destaque que a mesma possui na sociedade. E as fases que virão, tornarão a prática da educação física, seja ela escolar ou não, mais profissional e mais difundida, com objetivos cada vez mais definidos e específicos, pois com a regulamentação da profissão em 1998, o acesso à Educação Física está sendo defendida e proporcionada em escala maior para toda a população, independente de classe social, idade, condição física, cor, religião, opção sexual ou alguma deficiência física, motora ou mental.

Referências bibliográficas

COSTA, M. G. Ginástica localizada. 2ª Ed., Rio de Janeiro. Ed. Sprint, 1998.

DACOSTA, L. (org.) Atlas do Esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005.

GODOY, Lauret. Os jogos olímpicos na Grécia antiga. São Paulo: Nova Alexandria, 1996.

PEREIRA, M. M; MOULIN, A. F. V. Educação Física para o Profissional Provisionado. Brasília: CREF7, 2006.

RAMOS, Jair Jordão. Exercícios físicos na história a na arte. São Paulo: Ibrasa, 1983

SILVA, N.P. Atletismo. 2ª Ed. São Paulo: Ed. Cia Brasil, 1998.

STEINHILBER, J. Profissional de Educação Física Existe? Rio de Janeiro: Ed. Sprint: 1996.

Recomendações da OMS dos níveis de atividade física para todas as faixas etárias

Atividade física é uma das formas de retardar o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A Organização Mundial da Saúde (OMS) vem sensibilizando os diferentes países membros quanto à necessidade emergencial de modificar o estilo de vida sedentário e praticar atividade física regular, a fim proporcionar maior qualidade de vida.

Níveis de atividade física recomendados para crianças e de 5 a 17 anos

atividade fisica
Para crianças e jovens, a atividade física inclui brincadeiras, jogos, esportes, transporte, tarefas, recreação, educação física, ou exercício programado, no contexto de atividades da família, escola e comunidade.
A fim de melhorar a aptidão cardiorrespiratória e muscular, a saúde óssea, cardiovascular e metabólica crianças e jovens com idades entre 5 a 17 devem acumular pelo menos 60 minutos de moderada a vigorosa, atividade física diária.
Valores de atividade física maior do que 60 minutos fornecer benefícios adicionais de saúde.
A maior parte da atividade física diária deve ser aeróbica. A intensidade vigorosa de atividades devem ser incorporadas, incluindo aquelas que estimulem a musculatura e ossos, pelo menos 3 vezes por semana.

Para essa faixa etária, carga de atividades podem ser realizadas como parte de jogos, brincadeiras,corridas,saltos, etc.
Confira o documento na íntegra em:

Níveis recomendados de atividade física para adultos com idades entre 18 e 64 anos

atividade fisica
Em adultos entre 18 e 64 anos de idade, a atividade física inclui atividades de lazer (por exemplo: dança caminhada, jardinagem, caminhadas, natação), transporte (por exemplo, caminhar ou andar de bicicleta), trabalho (ou seja, trabalho), domésticas, brincadeiras, jogos, esporte ou exercício planejado, no contexto das atividades da família, diariamente, e da comunidade.
A fim de melhorar funções cardiorrespiratórias e musculares, ossos, reduzir o risco de DNT e depressão deve-se realizar no mínimo 150 minutos de intensidade moderada de atividade física aeróbica por semana ou pelo menos 75 minutos de intensidade vigorosa de atividade física aeróbica por semana. Pode ser também uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa.
Para benefícios adicionais de saúde, os adultos devem aumentar a sua atividade de intensidade moderada aeróbica para 300 minutos por semana, ou 150 minutos de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa.
Atividades de fortalecimento muscular deve ser feito envolvendo grandes grupos musculares em 2 ou mais dias por semana.
Confira o documento na íntegra em:

Níveis recomendados de atividade física para adultos maiores de 64 anos

atividade fisica
Em adultos com 65 anos ou acima, a atividade física inclui atividades de lazer (por exemplo: caminhar, dançar, jardinagem, caminhadas, natação), transporte (por exemplo, caminhar ou andar de bicicleta), profissional (se o indivíduo ainda está trabalhando), tarefas domésticas, jogo, esportes ou exercícios planejado, no contexto de atividades familiares, diariamente, e da comunidade.
A fim de melhorar função cardiorrespiratória e muscular, a saúde dos ossos, reduzir o risco de DNT, depressão e declínio cognitivo:
Os idosos devem fazer pelo menos 150 minutos de intensidade moderada atividade física aeróbica durante a semana ou fazer pelo menos 75 minutos de intensidade vigorosa atividade física aeróbica durante a semana ou uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa.
Para benefícios adicionais de saúde, os idosos devem aumentar a sua atividade aeróbica de intensidade moderada para 300 minutos por semana, ou se envolver em 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa por semana, ou uma combinação equivalente de atividade moderada e de intensidade vigorosa.
Os adultos mais velhos, com mobilidade comprometida, devem realizar atividade física para melhorar o equilíbrio e evitar quedas em 3 ou mais dias por semana.
Atividades de fortalecimento muscular, envolvendo grandes grupos musculares, deve ser feito em 2 ou mais dias por semana.
Quando o idoso não pode fazer as quantidades recomendadas de atividade física, devido às condições de saúde, eles devem ser tão fisicamente ativos quanto as suas capacidades e as condições permitirem.
Confira o documento na íntegra em:

Idade

Recomendações/semana

Nível de atividade

5- 17 anos
Mais de 60minutos de exercícios aeróbicos
Moderada a vigorosa
18-64 anos
No mínimo 150 minutos exercícios aeróbicos
Moderada


75 minutos de exercícios aeróbicos
Vigorosa
Para benefícios adicionais
300 minutos exercícios aeróbicos
Moderada

150 minutos exercícios aeróbicos
Vigorosa
>64 anos
150 minutos exercícios aeróbicos
Moderada

75 minutos exercícios aeróbicos
Vigorosa
Para benefícios adicionais
300 minutos exercícios aeróbicos
Moderada

150 minutos exercícios aeróbicos
Vigorosa

sábado, 12 de novembro de 2016

Sedentarismo

Definição, Conseqüências e Doenças Associadas

O que é?
Existem varias definições e conceitos sobre sedentarismo, desde o abandono cultural e histórico da vida nômade, passando pela inatividade ocupacional e o último e mais bem aceito é além da adesão da vida permanente e moderna. O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva. Do ponto de vista da Medicina Moderna, o sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais. Segundo um trabalho realizado com ex-alunos da Universidade de Harvard, o gasto calórico semanal define se o indivíduo é sedentário ou ativo. Para deixar de fazer parte do grupo dos sedentários o indivíduo precisa gastar no mínimo 2.200 calorias por semana em atividades físicas ou 315 kcal por dia, ou seja, uma caminhada de 1 hora em média para uma pessoa com 70kg de peso corporal. Tabela de Atividades físicas (fonte: www.copacabanarunners.net)

Conseqüências Imediatas
A vida sedentária provoca literalmente o desuso dos sistemas funcionais. O aparelho locomotor e os demais órgãos e sistemas solicitados durante as diferentes formas de atividade física entram em um processo de regressão funcional, caracterizando, no caso dos músculos esqueléticos, um fenômeno associado à atrofia das fibras musculares, à perda da flexibilidade articular, além do comprometimento funcional de vários órgãos.

Falta de preparo físico para as atividades subsistências
Cansaço físico e Mental.
Indisposição, desânimo (preguiça).
Dores (muitas vezes causadas pela falta de circulação de Sangue).

Doenças Associadas
O sedentarismo é a principal causa do aumento da incidência de várias doenças. Hipertensão arterial, diabetes, obesidade, ansiedade, aumento do colesterol, infarto do miocárdio são alguns dos exemplos das doenças às quais o indivíduo sedentário se expõe. O sedentarismo é considerado o principal fator de risco para a morte súbita, estando na maioria das vezes associado direta ou indiretamente às causas ou ao agravamento da grande maioria das doenças.

Hipercolesterolemia – em princípio, que é o aumento do Nível de Colesterol, aumenta em muito o risco de doenças do coração.

Obesidade – O perigo silencioso, considerado enfermidade (doença), uma das piores conseqüências caracterizada pela deposição excessiva de gordura no organismo, levando a um peso corporal que ultrapassa em 15%, ou mais, o peso ótimo com base no IMC: Peso / Altura2. E entre as doenças mais comuns causadas pela obesidade estão:

Artrose – Doença articular que pode provocar incapacidade física. O mal se caracteriza pela perda progressiva da cartilagem das juntas.

Hipertensão – A conhecida pressão alta é a elevação da pressão arterial para índices acima dos valores considerados normais. Pode causar lesões em diferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro, coração, rins e olhos.

Diabetes – A pior das conseqüências, pois é degenerativa, esta atinge todos os tecidos do corpo humano. Distúrbio que se caracteriza por altas taxas de açúcar no sangue e que prejudica todo o metabolismo do corpo humano. É causada pela falta de um hormônio chamado insulina, que é produzido pelo pâncreas. A falta de controle dessa doença pode levar o paciente ao infarto do coração, derrame cerebral, cegueira, insuficiência renal, amputações, entre outros.

Como deixar de ser Sedentário:
• É Preciso ter consciência do Mal causado pelo sedentarismo
• É Preciso Atitude de mudança de vida.
• É Preciso disposição para pagar o preço.
• É preciso ser orientado por um profissional da área
• Não pode faltar perseverança.

Fonte: Dr. Turíbio Leite Barros Neto, EMEDIX: Artigos Médicos e Ministério Fama Goiânia/Goiás

domingo, 30 de outubro de 2016

Treinamento "Aeróbio Decente"

Cálculo das Zonas Alvo de Treinamento




Neste artigo estou supondo que você já saiba da importância de treinar dentro de uma determinada faixa de batimentos cardíacos por minuto, a tal da Zona Alvo de Treinamento.

O problema (se é que existe algum) é que o cálculo da Freqüência Cardíaca Máxima de forma decente não é tão trivial assim, e é a partir deste valor que é montada ou calculada a Zona Alvo de Treinamento…

Enfim, pessoas andam fazendo seus treinos aeróbicos e definindo sua zona alvo de treinamento a partir da fórmula do Karvonen… que diz que FCmáxima = 220 – idade.

Nem é preciso dizer que hoje você compra um ótimo monitor cardíaco (nem precisa ser da “Polar”) por cerca de R$ 150,00, e que obviamente não existe treino aeróbico sério sem que você tenha um monitor cardíaco para te dizer se você está ou não dentro de sua “zona alvo”.


O Treinamento Aeróbio
O treinamento aeróbico ou cardiorrespiratório propicia a melhora da capacidade da circulação central no fornecimento de oxigênio, assim como, o melhor aproveitamento do oxigênio pelos músculos ativados durante a execução do exercício, permitido ao indivíduo o desenvolvimento da capacidade de sustentar por um período longo de tempo, uma atividade física em condições de equilíbrio fisiológico (homeostase), ou seja, em "steady state".

O treinamento aeróbico segue os princípios de condicionamento fisiológicos básicos do treinamento desportivo. Os princípios da especificidade e da sobrecarga promovem um aumento do grau da performance, visando provocar alterações fisiológicas, principalmente, nos sistemas cardiocirculatório e respiratório. Segundo Pechar (1974, In Mc Ardle et al., 1998), a especificidade do treinamento aeróbico está relacionada aos músculos específicos que participam do desempenho desejado, já que as solicitações neuromusculares e motoras exigidas promovem adaptações fisiológicas específicas e correspondentes, e, a sobrecarga deve ser aplicada de modo a exercitar os grupamentos musculares específicos solicitados no desporto e com intensidade suficiente, estimulando aumentos no volume de ejeção e no débito cardíaco e atuando como facilitadora tanto no transporte de oxigênio quanto na utilização no nível local, dos músculos treinados ( McArdle et al., 1998).

Outro princípio do treinamento bastante considerado, é o da individualidade biológica. Cada indivíduo possui características determinadas pela carga genética (genótipo) e outras formadas por vivências e experiências diversas ao longo de suas vidas, a partir do nascimento (fenótipo). Mesmo em caso de gêmeos, tornam-se indivíduos diferentes, em razão das respostas às influências e estímulos externos que os transformam em seres únicos. Sendo assim, para haver benefícios do treinamento aeróbico, sua elaboração deve atender às necessidades e capacidades individuais de cada um.

O condicionamento aeróbico é reversível assim como qualquer tipo de treinamento, ou seja, os efeitos benéficos do treinamento não são cumulativos, mas, transitórios, acometendo mesmo os atletas com anos de treinamento. Processando-se com certa rapidez, após uma ou duas semanas,o princípio da reversibilidade ou o destreinamento afeta os índices de VO2 máx., reduzindo a performance do indivíduo.

Há, no treinamento aeróbico, variadas finalidades de acordo com os objetivos pré-estabelecidos(Dantas, 1998). O treinamento pode ter finalidade estética, visando o emagrecimento, ou seja, a diminuição da gordura corpórea, ou até em certo grau, visando a modelagem corporal com aumento de massa muscular; fins profiláticos, quando executados por indivíduos saudáveis, não-atletas, prevenindo-se contra possíveis doenças geradas pela hipocinesia; finalidade terapêutica,quando atua como coadjuvante em tratamentos de algumas patologias em sedentários; finalidade de estabilizar disfunções ou afecções advindas de certas doenças como por exemplo, o diabetes e,por último, a finalidade de treinamento, respeitando os todos os fundamentos do treinamento desportivo, objetivando a preparação de atletas de alto nível, mesmo nas atividades em que a capacidade anaeróbica seja mais solicitada, pois conclui-se que no potencial aeróbico incidirá um aprimoramento de 5 a 25% do rendimento no treinamento anaeróbico (McArdle et al., 1998), já na primeira semana de treinamento.


FCmáx - Calculando Sua Freqüência Cardíaca Máxima
FCreserva = Freqüência Cardíaca de Reserva = FCmáx – FCrep

FCmáx = 205 – (0,42 x idade)

FCmáx = 205 – (0,42 x idade)

FCmáx = FCrep + 0,6 (FCmáx – FCrep) = Limite inferior (LI)
FCmáx = LI + 0,675 (FCmáx – LI) = Limite superior (LS)
FC Recuperação = FCrep + 0,56 (FCmáx – FCrep)
(ACSM – fonte: Filho, José Fernandes, 1999)
Então, para calcular a zona alvo de treinamento individualizado com os exibidos na tabela acima :
= ( 145 – 75 ) x 60% + 75 = 117 bpm (limite superior)
* O2 = oxigênio
* max = máximo
* Idade: quanto mais velho menor o VO2 max
* Massa muscular: quanto mais massa maior o VO2 max


O problema é que a “Zona Alvo” depende fundamentalmente de encontrar-se um valor o mais preciso possível para a sua fsreqüência Cardíaca Máxima.


É que para o cálculo da Freqüência Cardíaca Máxima (FCmáx) o método mais utilizado e simples é o simplesmentes calcular-se da seguinte forma :


FCmáx = 220 – idade da pessoa (Karvonen e col., 1957), mas Essa é uma fórmula empírica e cheia de erros !


Ela deveria ser utilizada para pessoas entre 10 a 25 anos, e a partir de 25 anos acrescentar-se uma tolerância de 12 BPM (batimentos por minuto) para mais ou para menos.


Antes de vermos uma forma mais adequada para o cálculo da FCMax, vamos estabelecer alguns parâmetros :


FCrep = Freqüência Cardíaca em Repouso (deve ser obtida preferencialmente de manhã, ao acordar, se possível inclusive ainda deitado na cama). É também conhecida como Freqüência Cardíaca Basal


Existem algumas outras fórmulas um pouco mais precisas :


Frequência Cardíaca Máxima para indivíduos destreinados (Sheffield e col, 1965) ) :


Exemplo: uma pessoa sedentária de 40 anos. Então FCMax=205-(0,42 X 40) = 205 – (16,8) = 183 BPM


Frequência Cardíaca Máxima para indivíduos treinados (Sheffield e col, 1965) :


FCmáx = 198 – (0,42 x idade)


Vários estudos indicam que o indivíduo deve procurar manter-se dentro de uma “Zona Alvo de Treinamento” para atingir os seus objetivos , para tanto : (ACSM – fonte: Filho, José Fernandes, 1999 )


FCmáx = 210- (0,65 x idade) (Jones e col, 1975)


Assim, existem 6 “zonas alvo” que correspondem diretamente a níveis de intensidade de exercício diferentes e por sua vez, utilizam-se de diferentes mecanismos de transporte metabólico e respiratório no organismo:





FCtreino = (FCmax – FCrep) x % + FCrep


Exemplo, indivíduo com FCmax de 145 bpm e FCrep de 75 bpm que deseja fazer reabilitação (zona 01 da tabela acima) :


= ( 145 – 75 ) x 40% + 75 = 103 bpm (limite inferior)


Então a freqüência de treino deste indivíduo será de 103 a 117 batimentos por minuto.


Para obter-se os valores realmente precisos de FCmax e FCrep é necessário realizar-se testes específicos de avaliação ergométrica direta, preferencialmente com a coleta de gases (espirometria).


Por último, se for possível tente obter orientação de um profissional da Educação Física ou de um Fisiologista do Exercício. São os profissionais que estudaram especificamente para elaborar e acompanhar um treinamento decente de preparação física (incluindo a parte aeróbica).






segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Consumo Máximo de Oxigênio - VO2 máx.



"Para reduzir a gordura corporal são necessários exercícios aeróbios de baixa intensidade e longa duração". Certamente você ouviu esta frase milhares de vezes, porém eu posso lhe garantir que esta é uma das maiores mentiras da nossa história, sendo propagada devido à desinformação, falta de interesse, interpretação equivocada e ausência de senso crítico de alguns profissionais. A balela de qualidade de vida é outro argumento infundado até mesmo do ponto de visto psicológico, que é onde muitos pseudocientistas tem se refugiado. É incompreensível como uma atividade ineficiente que consuma grande parte de seu tempo disponível possa melhorar a vida de alguém. Não seria preferível elaborar um treinamento eficiente com uma baixa necessidade de tempo e proporcionar mais tempo para se usar com a família, lendo um livro, vendo um filme ou simplesmente descansando? Com certeza os exercícios aeróbios tem seu espaço, mas este espaço não é tão grande quanto muitos pretendem.
Primeiramente o VO2 é o indicador metabólico que aponta a quantidade de oxigênio que um indivíduo consegue captar e utilizar em um esforço físico, ou seja, indica o atual estado de condicionamento cardiorrespiratório de um indivíduo. O VO2 pode ser modificado por meio de treinamento até certo ponto, pois estima-se que 90% de sua variabilidade é indicada geneticamente (Ribeiro, 1995).

Respire fundo e leia com atenção esta frase: "se o objetivo é perder gordura e o tempo for limitado, as pessoas devem se exercitar com segurança nas intensidades mais altas possíveis..." esta foi a conclusão de GREDIAGIN et al (1995) quando submeteram dois grupos a diferentes intensidades de exercício (50% e 80% do VO2 máx, respectivamente), sendo que as atividades eram realizadas até que se chegasse ao total de 300 Kcal. Ao final do estudo ambos os grupos perderam a mesma quantidade de gordura, porém o grupo que se exercitou intensamente ganhou mais que o dobro de massa magra em relação ao outro.
Intensidades mais elevadas parecem influir também no aspecto nutricional, conforme verificado em um estudo de BRYNER et al (1997), onde os exercícios em freqüências cardíacas mais altas resultaram em maior redução da gordura, assim como diminuição da ingestão de gorduras saturadas e colesterol, o que não aconteceu em freqüências cardíacas baixas.
As atividades intensas levam vantagem até mesmo quando compara-se exercícios de mesmo dispêndio calórico total. Nesses casos é verificado que os de maior intensidade proporcionam gasto calórico mais elevado e maior degradação de carboidratos e gorduras após o treino, o que leva a crer que o período pós exercício deve ser levado em conta quando analisamos a eficiência das atividades.(CHAD et al, 1991; SMITH et al, 1993; PACHECO SÁNCHEZ, 1994; PHELAIN et al, 1997, KLAUSEN et al, 1999, LEE et al, 1999 ).


Consumo Máximo de Oxigênio - VO2 máx.
O VO2 máx. e o limiar anaeróbico ( intensidade de trabalho no qual o ácido lático começa a aumentar, ou seja, onde se inicia um esforço em anaerobiose) são os mais importantes indicadores do estado de aptidão cardiorrespiratória, sendo o VO2 máx. mais indicado para não-atletas e o limiar anaeróbico para praticantes bem treinados, pois parte-se do pressuposto que atletas já possuem índices de VO2 bem satisfatórios, necessitando-se da utilização de outros índices avaliadores para melhorar a aptidão dos mesmos.

As respostas ao treinamento aeróbico dependem de vários fatores como: nível de aptidão inicial,intensidade, freqüência e duração do treinamento e, serão analisadas longitudinalmente, ou seja, apartir do estado inicial de condicionamento aeróbico individual.


O que é esse tal de VO2 max?


Dissecando a expressão…


* V = volume


VO2 max é a quantidade de oxigênio absorvido e usado pelas células em repouso, durante o exercício ou na recuperação. (Barbanti, V. Dicionário de Educação Física e Esporte)


Trocando em miúdos é volume máximo de oxigênio que seu corpo consegue usar para produzir energia a partir do ar que está dentro dos pulmões em um minuto.


Nosso corpo precisa produzir energia para todas as funções, não apenas para se exercitar. Essa produção de energia pode ocorrer de duas formas: anaeróbia (sem oxigênio) e aeróbia (com oxigênio).


O VO2 max pode ser mensurado direta, através de testes de laboratório (cardiorespiratório ou ergoespirométrico) ou inderetamente, através de testes de campo e utilização de fórmula matemática. É claro que o cálculo indireto é menos preciso.


O VO2 max é influenciado pela genética, ou seja quem nasce com VO2 max baixo quando treinado consegue aumentar menos o seu valor de quem parte de um valor maior. E também quanto mais treinada for a pessoa menos conseguirá aumentar o valor do seu VO2 max. Com o treino é possível aumentar de 5% à 15% depois o valor fica parado em um patamar.


Dessa forma o VO2 max é um preditor do condicionamento físico, através dele é possível saber o nível de condicionamento físico e o quão condicionável é o indivíduo.


Alguns fatores influenciam nos valores do VO2 max, são eles:


* Percentual de gordura: quanto maior a quantidade de gordura menor o VO2 max






Por último, se for possível tente obter orientação de um profissional da Educação Física ou de um Fisiologista do Exercício. São os profissionais que estudaram especificamente para elaborar e acompanhar um treinamento decente de preparação física (incluindo a parte aeróbica).

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Abdômen I: Uma Preocupação não só Estética

Não há duvida! A parte do corpo que mais incomoda as pessoas é a famosa barriguinha. Em cada 10 indivíduos, pelo menos 9 se queixam do abdômen. Provavelmente em nossas academias esse número deva alcançar a 100%. Entretanto, muitos se esquecem que além da questão etética, existe uma preocupação em relação à saúde do indivíduo devido a circunferência abdominal. Com base nisso venho publicar uma série de artigos que vêm com os objetivos de traçar a etiologia do acúmulo de gordura na região do abdômen, principais patologias, e traçar uma possível solução a este problema.


                                                                                                                Extraído de GEASE Paulo Gentil                               


Índice dos Artigos:

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Abdomen II: Relação da Circunferência Abdominal com a Saúde


O padrão de distribuição do tecido adiposo possui fundamentalmente características genéticas/hereditárias 1,2, sendo a possível atividade regional da enzima lípase lipoprotéica (LPL) responsável por facilitar a captação e o armazenamento dos triglicerídeos pela célula adiposa1. No homem, quantidade maior de LPL na região abdominal é explicada pelo fato deste sexo ter uma pré-disposição a acumular gordura nesta circunferência. A obesidade que segue este padrão, ou seja, acúmulo na circunferência abdominal é chamado de obesidade andróide e está ligado a um maior risco de acometimento de patologias.Já a obesidade genóide, de maior percentagem em mulheres, possui acúmulo de gordura no quadril.

As principais doenças ligadas ao aumento da adiposidade abdominal são a hipertensão, cardiopatias e diabetes do tipo II 1,2,4,5,6. O dispositivo mais usado para identificar o risco que a circunferência aumentada pode acarretar é a relação circunferência cintura e quadril1,2, ou seja, o valor da circunferência da cintura dividido pela circunferência do quadril. Valores maiores de 0,80 para mulheres e de 0,95 a 1,0 para homens estão associados com um maior risco de morte 1,2.
A relação da patologia diabetes tipo II e circunferência abdominal, reside nas células adiposas da zona abdominal, principalmente as localizadas na região visceral perto dos órgãos. São metabolicamente mais ativas e conseqüentemente, liberam maiores quantidades de ácidos graxos livres na corrente sanguínea 4. Devido a este fato, há diminuição dos receptores ativos, principalmente o GLUT 4 5, levando a um quadro de hiperinsulinemia.

Os problemas cardíacos e seu elo com a medida da circunferência abdominal residem nas patologias coronarianas, consistindo em isquemias do coração (enfarto) e a arterosclerose. Em todos os casos, os entupimentos ocorrem devido ao acúmulo de colesterol e de triglicerídeos nas paredes arteriais 4,5. A obesidade, a hiperinsulinemia, a hipertensão e dislipedimia são consideradas fatores da síndrome metabólica, principal patologia do mundo contemporâneo 5.

Referências Bibliográficas

Acesse o Link abaixo e calcule sua Relação da Cintura e o Quadril:
http://www.saudeemmovimento.com.br/saude/cintura_quadril.htm

Extraído do GEASE Paulo Gentil
Fabio Barros Personal  Trainer


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Abdômen III: Solução para Diminuição da Gordura Abdominal


A solução para a diminuição da circunferência abdominal consiste em vários fatores, os quais
envolve mudança fundamental no cotidiano do indivíduo.

Dieta – Não existe uma para perda de gordura localizada, mas uma boa dieta é fundamental para a diminuição de gordura corporal. Outro fator interessante foi que o consumo de álcool em quantidades pequenas a moderadas, tem sido associado com a redução do risco de doença cardíaca coronariana e que este processo, reside justamente na obesidade centrípeta, uma vez que, indivíduos bebedores freqüentes apresentaram menores medições de abdominal que abstêmicos 8.

Controle hormonal – Principalmente do cortisol, hormônio associado ao stress e que devido a sua ligação ao aumento da lipoproteína lípase (LPL), mobiliza o acúmulo de lipídios 4.

Exercício Físico – Talvez o mais controverso, devido suas variáveis como o tipo, o volume e a intensidade.

Sobre a atividade física, estudos recentes 3,8 demonstraram que exercícios combinados (exercícios de resistência e exercícios aeróbicos) tiveram um decréscimo maior de gordura tanto subcutânea como visceral na região abdominal do que somente o exercício aeróbico. Demonstrando que a atividade somente aeróbica não é o fator básico de diminuição da gordura corporal. Entretanto, também não será a execução de mil abdominais todo o dia que irá transformar o abdômen em um tanque de lavar roupa. Abdominais que priorizem amplitude de movimentos e com qualidade de execução 9, respeitando as características musculares de carga-descanso, são suficientes para uma qualidade visual, mesmo sendo apenas um exercício e com poucas repetições.

Na mesma linha, uma preocupação com a postura é fundamental. Sendo requisito indispensável para uma consciência de como deva ocorrer a contração muscular, desta importante área do corpo. Uma combinação de vários tipos de atividade física é o ponto chave para um bonito abdominal.

Referências Bibliográficas
GEASE Paulo Gentil
Fabio Barros Personal Trainer

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Abdômen IV: Dicas para o Treinamento Abdominal


Algumas dicas de se treinar o músculo abdominal

- Tentar variar os tipos de exercícios abdominais, uma modificação de rotina permanente, além de possibilitar uma contínua motivação, possibilita modificação do padrão motor de ativação das fibras musculares.

- Procure treinar na amplitude máxima do exercício.

- Expirar na contração muscular. Parece óbvio, mas é comum este erro principalmente em iniciantes.

- Ter controle e consciência da contração muscular do abdômen. Seja ele executado nos exercícios abdominais, na contração para estabilização de outros exercícios (Ex:agachamento), ou na respiração e postura no dia a dia.

- Na contração máxima, executar de 1 à 2 segundos de contração isométrica, mais conhecido como pico de contração.

Enfim, se a obsessão pelo famoso abdominal tanque prosseguir teremos benefícios de saúde e qualidade de vida da população geral, devido inicialmente a uma preocupação estética. É o paradoxo de nossa sociedade, uma preocupação freqüente com a estética, esquecendo que um rosto jovem e um corpo atlético passa primeiramente pela qualidade de vida do cotidiano.

Referências Bibliográficas

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Abdomen: "Referências Bibliográficas"


01. WILMORE, JACK H.; COSTILL, DAVID L. – Fisiologia do esporte e do exercício. Editora Manole. 2001.

02. McARDLE, William D. – Fisiologia do exercício. 1998. Editora Guanabara.

03. PARK, SANG-KAB; PARK JAE-HYUN; KWON, YOO-CHAN; KIM, HO-SUNG; YOON, MI-SUK; PARK, HYUN-TAE – The effect of combined aerobic and resistance exercise training on abdominal fat in obese middle-aged women. Journal of Physiological Anthropology,22 (3): 129-135, 2003 

04. GUEDES, DARTAGNAN PINTO; GUEDES, JOANA ELISABETE RIBEIRO PINTO – Distribuição de gordura corporal, pressão arterial e níveis de lipídios-lipoproteínas plasmáticas. Arq. Brás. Cardiol, vol 70 (2), 93-98, 1998.

05. BANZ, WILLIAM J.; MAHER, MARGARET A.; THOMPSON, WARREN G.; BASSETT, DAVID R.; MOORE, WAYNE; ASHRAF, MUHAMMAD; KEEFER, DANIEL J.; ZEMEL, MICHAEL B. – Effects of resistance versus aerobic training on coronary artery disease risk factors.

06. PRADO, EDUARDO SEIXAS; DANTAS, ESTÉLIO HENRIQUE MARTINS – Efeitos dos exercícios físicos aeróbicos e de força nas lipoproteínas HDL, LDL e lipoproteína (a) – Arq. Brás. Cardiol., vol 79 (n.4), 429-33, 2002.

07. DURSTINE J. LARRY; GRANDJEAN PETER W.; COX, CHRISTOPHER A.; THOMPSON PAUL D. – Lipids, Lipoproteins, and Exercise – Journal of Cardiopulmonary Rehabilitation, Vol:22, Number 06, 2002.

08. DORN, JM; HOVEY, K; MUTI, P; FREUDENHEIM, JL; RUSSELL, M; NOCHAJSKI TH; TREVISAN M. – Alcohol drinking patterns differentially affect central adiposity as measured by abdominal height in women and men. Journal of Nutrition, Num133, Vol 8,2003.

09. SCHWARZENNEGER, A & DOBBINS, B. Enciclopédia de fisiculturismo e musculação, Artmed Editora.
Extraído de GEASE Paulo Gentil